Tudo o que você precisa saber sobre a esteatose hepática metabólica, a principal causa de cirrose no mundo
A esteatose hepática metabólica, anteriormente conhecida como doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), é uma condição caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura no fígado.
Esta doença está se tornando rapidamente a principal causa de cirrose hepática no mundo, ultrapassando o consumo excessivo de álcool e a hepatite viral.
Estima-se que, inclusive, 30% da população do Brasil tenha a condição e não saiba.
No post de hoje, eu te conto mais sobre o que é a esteatose hepática metabólica, suas causas, sintomas e as formas de tratamento disponíveis.
Continue a leitura para saber tudo a respeito!
O que é a esteatose hepática metabólica?
A esteatose hepática metabólica é uma condição em que há um acúmulo de gordura nas células do fígado, sem que isso esteja relacionado ao consumo de álcool.
Quando a gordura representa mais de 5-10% do peso do fígado, a condição é diagnosticada.
A esteatose pode progredir para uma inflamação hepática (nomeada até pouco atrás de esteato-hepatite não alcoólica, ou NASH), que pode levar à fibrose e, eventualmente, à cirrose hepática e ao câncer de fígado.
Ela também pode aumentar, ainda, o risco de diabetes tipo 2, de infarto do miocárdio e de AVCs (derrame cerebral).
Causas da esteatose hepática metabólica
A principal causa da esteatose hepática metabólica está associada a fatores metabólicos e de estilo de vida.
Por isso, a prevenção é o melhor remédio contra a doença.
Alguns dos principais fatores de risco incluem:
Obesidade
O excesso de peso que vem junto da obesidade, especialmente com o acúmulo de gordura abdominal, está fortemente associado a também o acúmulo de gordura no fígado.
Diabetes tipo 2
Pessoas com diabetes tipo 2 possuem maior risco de desenvolver esteatose hepática metabólica devido à resistência à insulina, que pode levar ao acúmulo de gordura no fígado.
Síndrome metabólica
A síndrome metabólica, que inclui uma combinação de hipertensão, níveis elevados de glicose, excesso de gordura abdominal e níveis anormais de colesterol, aumenta, sim, significativamente, o risco de DHGNA.
Sedentarismo
A falta de atividade física contribui para o acúmulo de gordura no fígado e está associada a muitos dos fatores de risco mencionados anteriormente.
Dietas ricas em açúcar e gordura
Dietas ricas em açúcar, gordura e alimentos processados são fatores contribuintes para a esteatose hepática metabólica.
Aliás, o consumo excessivo de frutose, encontrado em muitos alimentos processados e bebidas açucaradas, como refrigerantes, tem sido um fator associado importante e muito encontrado durante o diagnóstico dos pacientes.
Genética
Fatores genéticos também desempenham um papel na predisposição para o acúmulo de gordura no fígado. Algumas pessoas são mais propensas geneticamente a desenvolver esteatose hepática metabólica.
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Sintomas da esteatose hepática metabólica
A esteatose hepática metabólica geralmente não apresenta sintomas evidentes nas fases iniciais, o que torna mais difícil o seu diagnóstico precoce.
No entanto, à medida que a doença progride, alguns sintomas podem se manifestar, como:
- Dor
- Fadiga e cansaço excessivo
- Perda de apetite
- Desconforto abdominal
- Aumento do fígado
Casos mais avançados:
- Coloração amarelada da pele e dos olhos (icterícia)
- Queda no número de plaquetas no sangue
- Confusões mentais
- Hemorragias
Em muitos casos, a esteatose hepática metabólica é descoberta incidentalmente durante exames de sangue de rotina ou durante ultrassonografias, tomografias e ressonâncias magnéticas feitas por outras razões.
Para o diagnóstico correto de casos mais avançados, é possível fazer uma elastografia, que mede a rigidez do fígado, ou uma biópsia hepática, onde uma pequena amostra do tecido hepático é examinada.
Assista:
ESTEATOSE HEPÁTICA: saiba tudo sobre a GORDURA NO FÍGADO
Como tratar a esteatose hepática metabólica?
Atualmente, não existe um tratamento específico aprovado para a esteatose hepática metabólica, mas algumas medicações se mostraram eficazes e podem ser utilizadas, dependendo de cada caso.
O tratamento geralmente envolve a gestão dos fatores de risco subjacentes e mudanças no estilo de vida.
Estilo de vida saudável
Manter o Índice de Massa Corporal (IMC) adequado para a sua altura e peso, e moderar no consumo de álcool ao longo da semana, são alguns caminhos para isso.
Dieta balanceada
Adotar uma dieta balanceada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis, pode ajudar também a reduzir a gordura hepática.
Vale ainda, é claro, evitar alimentos processados e ricos em açúcar e gorduras saturadas.
Exercício físico
O exercício regular, incluindo atividades aeróbicas e de resistência, pode ajudar a melhorar a saúde metabólica e reduzir a gordura no fígado.
É como sempre gosto de dizer por aqui: qualquer exercício é melhor do que nenhum!
Para finalizar
Agora que você já sabe tudo sobre a esteatose hepática metabólica, compartilhe essa informação com quem também precisa saber.
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