Vigilância ativa no tratamento do câncer de tireoide

A importância da vigilância ativa no tratamento do câncer de tireoide


A vigilância ativa no câncer de tireoide foi um dos assuntos discutidos no último Encontro Brasileiro de Tireoide (EBT), como contei neste post

Não à toa, de acordo com dados do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o número estimado de casos novos da doença é de 16.660 por ano, de 2023 a 2025. o que corresponde a um risco estimado de 7,68 por 100 mil habitantes, sendo 2.500 em homens e 14.160 em mulheres.

Ainda de acordo com o Ministério, sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de tireoide é o sétimo tipo de câncer mais frequente nos brasileiros. 

Apesar disso, pelo seu risco de morte associado ser baixo, poucas pessoas dão a devida importância para o tema. 

Por isso, em 2021, a Associação Americana de Tireoide (ATA) e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) incluiram a vigilância ativa como uma das condutas a serem prosseguidas pelos médicos no tratamento do câncer de tireoide, em especial em casos de micro tumores e cânceres de baixo risco que, muitas vezes, nem precisam de cirurgia.  

Na verdade, o manejo já vinha sendo considerado pela ATA em 2015, passando, em 2021, por uma grande revisão. 

Mas, afinal, o que é a vigilância ativa e como ela pode contribuir para quem possui o câncer de tireoide?

É o que veremos no conteúdo de hoje!

O que é a vigilância ativa

A vigilância ativa, como o nome já pode adiantar, significa vigiar, monitorar, o paciente, de forma ativa e constante. 

Esse monitoramento ou acompanhamento deve ser feito por uma equipe multidisciplinar, junto a uma série de atendimentos clínicos.

O objetivo é acompanhar de perto uma condição de saúde, sem intervenções imediatas, a menos que haja mudanças significativas nos sintomas ou resultados dos exames. 

O principal, aqui, é preservar o paciente, evitando tratamentos desnecessários e seus possíveis efeitos colaterais, enquanto se mantém uma vigilância rigorosa para detectar qualquer progressão da doença.

Você já conhecia?

Que diferença a vigilância ativa pode fazer no tratamento do câncer de tireoide 

A vigilância ativa dialoga muito com um caráter de prevenção e pode fazer toda a diferença no tratamento do câncer de tireoide

Com ela, evita-se procedimentos invasivos, como uma cirurgia ou o uso de iodo radioativo, além de, caso seja necessário algo nesse sentido, poder antecipar a equipe médica e o paciente quanto a isso.

Ou seja: caso seja realmente necessária a abordagem cirúrgica, o médico já consegue detectar isso em tempo hábil e antes que o câncer evolua. 

Além disso, fora o bem-estar que proporciona ao paciente e à sua família, a vigilância ativa traz uma redução de custos de saúde, seja para o paciente ou para o médico/clínica/hospital, afinal, procedimentos mais complexos podem ser custosos para algum deles ou para o plano de saúde/governo – em casos onde o tratamento é feito via Sistema Único de Saúde (SUS).

Como fazer a vigilância ativa neste tipo de câncer

Estudos que aliam teoria e prática médica apontam que a observação segura do paciente, independente de sua idade, gênero ou história clínica, pode ser o suficiente em um período de acompanhamento de cinco a dez anos.

Pelos dados colhidos até então, mesmo durante este grande período de tempo, os pacientes não desenvolveram metástases em seus cânceres. 

Isso, vale lembrar, é claro, em casos de câncer de tireoide de baixo risco, com tumores únicos, pequenos e sem estarem adjacentes à traqueia ou nervo laríngeo, de acordo com os mais recentes papers. 

A vigilância ativa pode ser feita mesmo de forma remota ou presencial, com consultas periódicas e exames, geralmente realizados a cada seis meses.

Leia também: Quem tem problema com a tireoide pode doar sangue?

Outras aplicações da vigilância ativa

Originalmente, a vigilância ativa surgiu para contribuir no tratamento do câncer de próstata. 

No entanto, a técnica tem sido aplicada e descoberta, de forma relevante e com resultados positivos, em diversos outros tipos de câncer, incluindo o de tireoide

Para finalizar 

Agora que você já sabe tudo sobre a importância da vigilância ativa no tratamento do câncer de tireoide, compartilhe essa informação com quem também precisa saber. 

Você pode copiar e enviar o link para a pessoa ou clicar em qualquer um dos botões abaixo, de compartilhamento nas redes sociais Facebook, X (antigo Twitter) e Linkedin. 

É fácil e rápido!

Não deixe de marcar a sua consulta comigo se tiver mais dúvidas e/ou quiser tratar questões relacionadas à obesidade, diabetes, menopausa, tireoide, entre outras. 

Fale com a minha equipe pelas redes sociais no @draflaviatessarolo, pelo telefone (27) 3029-4243 ou pelo WhatsApp no número (27) 99954-3174.

Meu consultório fica na Rua das Palmeiras, 685, Sala 511, em Santa Lúcia, Vitória – ES.

Eu espero você, combinado? 

Ah! E eu também atendo online!

Muito obrigada pela leitura até aqui e até o próximo post!