HIV e diabetes: qual é a relação? - Drª Flávia Tessarolo

HIV e diabetes: qual é a relação?


O mês de dezembro, como os demais meses do ano, tem uma cor especial para quem é da área da Saúde. 

No Dezembro Vermelho, desta vez, as atenções estão voltadas para a luta contra a Aids, o HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). 

Você sabia que elas podem ter relação direta com o diabetes

No post de hoje, explicaremos melhor sobre este assunto, e o que pode ser feito para o alcance de uma saúde melhor e uma vida ainda mais plena. 

HIV x Aids 

Antes de começarmos, é essencial desmistificar alguns mitos acerca do HIV. 

Sigla para Vírus da Imunodeficiência Humana, este é um vírus que pode ser transmistido por sexo sem presertativo, uso de seringas por mais de uma pessoa, instrumentos cortantes não esterilizados, transfusão de sangue contaminado ou da mãe para o filho durante a gravidez. 

Ao contrário do que muitos pensam, HIV e Aids não são a mesma coisa. 

HIV é o nome do vírus. 

Já a Aids é o nome que se dá à doença que se desenvolve na pessoa que é portadora do vírus e não se trata, em seu último estágio

Ela é chamada de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.

Entendendo sobre o tratamento do HIV nos dias atuais

Nos últimos dez anos, o Brasil registrou queda de 25,5% na mortalidade por Aids, segundo o Ministério da Saúde. 

Isso aconteceu graças ao tratamento disponível para o HIV pelo SUS, que é feito com medicamentos de primeira linha, é de graça e também bastante eficaz. 

Quando a pessoa portadora do vírus o segue corretamente, ela se torna indetectável, um estado em que a pessoa não transmite o vírus e consegue manter a qualidade de vida sem manifestar os sintomas da Aids. 

Ainda de acordo com o Ministério, 92% das pessoas em tratamento no país já atingiram esse estágio. 

Por isso, a campanha de Dezembro Vermelho é tão importante e alerta não apenas para as formas de prevenção ao vírus, como também sobre a importância da testagem rápida, que pode ser realizada em qualquer posto de saúde. 

PrEP e PEP

Ainda que esta não seja minha área de atuação, eu, enquanto profissional da Saúde, não poderia deixar de dizer que o SUS ainda oferece inteiramente de graça:

  • a PrEP (Profilaxia Pré-Exposição), onde você toma os comprimidos antes da relação sexual desprotegida, permitindo ao organismo estar preparado para enfrentar um possível contato com o HIV; e 
  • a PEP (Profilaxia Pós-Exposição), onde você toma os comprimidos após alguma relação sexual desprotegida de risco, incluindo violência sexual ou por acidente ocupacional.

O que o HIV tem a ver com o diabetes? 

Indo para o assunto do nosso conteúdo de hoje, as pessoas que vivem com HIV têm, sim, uma propensão maior de desenvolverem diabetes – e não o contrário. 

Felizmente, as suas chances de descobrir o diabetes são maiores, uma vez que, quem está em tratamento, precisa fazer exames de glicemia em jejum e hemoglobina glicada de forma rotineira.

Ainda assim, os motivos para desenvolver diabetes não se relacionam com o vírus em si, mas a outros fatores já comuns para a população geral que não vive com o vírus.

Diversos estudos nacionais e internacionais apontam que o envelhecimento, o ganho de peso/sobrepeso e também o uso de esteroides anabolizantes são os principais fatores de risco que têm feito as pessoas com HIV terem diabetes. 

O que teria de diferente, apenas, reside no fato de que os medicamentos para o tratamento do HIV poderiam fazer com que o nível de glicemia subisse devido às mudanças que causam no metabolismo da pessoa portadora do vírus. 

Já houve pesquisas que também afirmaram que o diabetes pode fazer com que o efeito do medicamento anti-HIV no organismo diminua. 

No entanto, mais estudos precisam ser realizados para o aprofundamento correto do tema. 

As semelhanças entre HIV e diabetes

Apesar de todas as suas diferenças, o HIV e o diabetes também apresentam semelhanças entre si. 

Ambas são condições para a vida toda e não têm cura, mas podem ser controladas e tratadas com o uso de medicação, trazendo uma vida plena e saudável para o paciente. 

Além disso, contam com as mesmas recomendações no que tange ao que é necessário fazer para o alcance dessa vida com mais saúde e bem-estar, mesmo que com o tratamento medicamentoso: 

  • Praticar exercícios físicos
  • Ter uma dieta equilibrada
  • Dormir bem
  • Controlar o estresse 

Desta maneira, caso você apresente alguma das condições, as duas ou mesmo nenhuma, se cuide e siga essas dicas para viver melhor!

Para finalizar 

Agora que você já sabe tudo sobre a relação entre HIV e diabetes, mande esse conteúdo para quem também precisa saber.

Você pode copiar e enviar o link para a pessoa ou clicar em qualquer um dos botões abaixo, de compartilhamento nas redes sociais Facebook, X (antigo Twitter) e Linkedin. 

É fácil e rápido!

Não deixe de marcar a sua consulta comigo se tiver mais dúvidas e/ou quiser tratar questões relacionadas à obesidade, diabetes, menopausa, tireoide, entre outras. 

Fale com a minha equipe pelas redes sociais no @draflaviatessarolo, pelo telefone (27) 3029-4243 ou pelo WhatsApp no número (27) 99954-3174.

Meu consultório fica na Rua das Palmeiras, 685, Sala 511, em Santa Lúcia, Vitória – ES.

Eu espero você, combinado? 

Ah! E eu também atendo online!

Muito obrigada pela leitura até aqui e até o próximo post!