5 doenças de idosos relacionadas às glândulas endócrinas
À medida que envelhecemos, nosso corpo passa por várias transformações.
Muitas dessas mudanças estão relacionadas ao sistema endócrino, que desempenha um papel crucial na regulação de hormônios essenciais para o funcionamento adequado do organismo.
Assim, com o avanço da idade, aumenta-se a probabilidade de desenvolver doenças relacionadas às glândulas endócrinas.
No post de hoje, vamos explorar algumas das doenças mais comuns que afetam os idosos e discutiremos suas causas, sintomas e principais opções de tratamento.
Acompanhe a leitura!
1) Diabetes
O diabetes é uma doença crônica que afeta a capacidade do corpo de regular os níveis de glicose no sangue.
Existem dois tipos principais: o tipo 1, que é geralmente diagnosticado na infância ou adolescência, e o tipo 2, que é mais comum em adultos e também pode acometer os idosos.
Diabetes tipo 1:
No Diabetes tipo 1, que corresponde a aproximadamente 10% dos casos, ocorre uma destruição das células do pâncreas que produzem insulina, chamadas células beta.
Com isso, ocorre deficiência absoluta de insulina e o diabético passa a necessitar de injeções de insulina por toda a vida.
Diabetes tipo 2:
No Diabetes tipo 2, que corresponde a 90% dos casos, existem pelo menos doze defeitos que levam ao aumento da glicose.
Os fatores que predispõem a doença são: ter pai, mãe e/ou irmão diabéticos, estar com sobrepeso ou obesidade, ter triglicérides elevados e HDL (colesterol bom) baixo, dentre outros.
O tratamento do diabetes, em ambos os casos, envolve frequentemente uma combinação de dieta, exercício físico e medicamentos de acordo com cada caso.
Diabetes tem, sim, controle, e com os idosos não poderia ser diferente!
2) Doenças da tireoide
A tireoide é uma glândula responsável pela produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), que atuam em todos os sistemas do organismo, e também no crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes.
Quando a tireoide libera hormônios em excesso, temos uma condição chamada hipertireoidismo, e quando produz hormônios em quantidade insuficiente, o hipotireoidismo.
Aproximadamente 60% dos brasileiros irão apresentar um nódulo de tireoide em algum momento da vida, e apenas 5% desses nódulos são malignos.
E sabemos que, quanto mais a pessoa for idosa, maior a sua probabilidade de desenvolver alguma doença.
Isso vale também para as tireoidopatias ou doenças da tireoide, afinal, a tireoide também envelhece, no processo que chamamos de envelhecimento tireoidiano.
Mas também há cura para ambos os casos, mesmo na velhice: o hipotireoidismo é tratado com a reposição de tiroxina, e o hipertireoidismo com drogas antitireoidianas, iodo radioativo ou cirurgia.
Nódulos tireoidianos suspeitos de serem malignos ou de grande volume também podem ser tratados com cirurgia, a depender da condição do idoso.
3) Osteoporose
A osteoporose é uma doença óssea que afeta principalmente os idosos.
Ela resulta na perda de densidade óssea e na fragilização dos ossos, tornando-os mais propensos a fraturas.
As mulheres após a menopausa, por exemplo, são particularmente vulneráveis a essa condição, como já te contei neste vídeo do meu canal.
O tratamento da osteoporose envolve a administração de medicamentos para fortalecer os ossos e prevenir fraturas. Além disso, também é essencial adotar uma dieta rica em cálcio e vitamina D, bem como praticar exercícios de resistência para manter a saúde óssea.
Em especial na Terceira Idade, não é mesmo, pessoal?
4) Hipertensão arterial
A hipertensão arterial, popularmente conhecida como pressão alta, é uma condição em que a pressão do sangue nas artérias está consistentemente elevada.
Esta também é uma condição comum entre os idosos e pode aumentar o risco de doenças cardíacas, derrame e outros problemas de saúde.
O tratamento da hipertensão arterial envolve frequentemente a adoção de um estilo de vida mais saudável, incluindo a redução do consumo de sal, a prática regular de exercícios, a perda de peso e, em alguns casos, a medicação prescrita por um profissional de saúde, como um endocrinologista e metabologista como eu.
Condições como ansiedade e estresse também podem contribuir para o aumento da pressão.
Por estar vivendo uma nova fase de sua vida, inclusive, se aposentando, como muitos, é comum que a pessoa que chegue nessa faixa etária tende a se sentir menos útil no mundo, desenvolvendo transtornos como esses.
Noites de sono mal dormidas, consumo elevado de ultraprocessados, álcool e cigarro podem vir a “reboque” como forma de compensar todo esse “peso” da idade.
É por isso que, independente de qual ela seja, o importante é se respeitar, se amar e se cuidar!
5) Doença cardiovascular
Doenças cardiovasculares, como doença coronariana, insuficiência cardíaca e arritmias, são comuns entre os idosos e representam um grupo de condições que afetam o coração e os vasos sanguíneos. Elas podem também estar relacionadas a doenças das glândulas endócrinas.
Essas condições podem levar a ataques cardíacos, derrames e outras complicações graves.
O tratamento das doenças cardiovasculares envolve medidas para controlar fatores de risco, como pressão arterial, colesterol e diabetes.
Isso pode incluir medicação, cirurgia cardíaca, intervenções minimamente invasivas e mudanças no estilo de vida, como uma dieta saudável e exercícios regulares.
Falamos sobre as doenças cardiovasculares recentemente aqui no blog. Confira!
Para finalizar
As doenças relacionadas às glândulas endócrinas podem ter um impacto significativo na qualidade de vida dos idosos.
No entanto, com diagnóstico precoce e tratamento adequado, muitas dessas condições podem ser controladas e gerenciadas eficazmente.
É fundamental que os idosos façam exames de rotina e mantenham um diálogo constante com seus médicos e família para garantir um envelhecimento saudável e ativo.
Além disso, a adoção de um estilo de vida saudável, incluindo uma alimentação equilibrada e a prática de exercícios desempenha um papel fundamental na prevenção dessas doenças!
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