Cerveja e colesterol: os principais mitos e verdades sobre a relação

Cerveja e colesterol: uma relação de muitos mitos e poucas verdades


Muito se fala sobre o consumo de cerveja e o seu impacto no colesterol de pacientes que apresentam a condição em níveis elevados. 

Mas, será que tudo que se vê por aí na internet e nas redes sociais é mesmo verdade? 

Hoje, trouxe para você um pouco mais sobre esses mitos e especulações, e o que é verdade e o que não é nesta relação, por vezes conturbada. 

Continue lendo para saber mais! 

Sobre o colesterol HDL e LDL

Antes de começarmos a falar sobre os mitos em si, um pouco de contexto sobre os colesteróis HDL e LDL é sempre bem-vindo, não é mesmo? 

Como te conto nesta página especial sobre uma das minhas áreas de atuação, que é justamente essa, o HDL é o colesterol bom e manter seus níveis altos é um fator protetor para doenças cardiovasculares.

Já o colesterol não HDL é o colesterol total menos o HDL. 

A meta de colesterol não HDL é determinada de acordo com o risco cardiovascular da pessoa: ou seja, quanto maior o risco de infarto e AVC, mais baixo devemos manter o colesterol não HDL.

Já o LDL é o colesterol ruim e o seu aumento junto do triglicerídeos no sangue é um fator de risco importante para aterosclerose, que é a obstrução das artérias do nosso corpo, que levam a complicações como infarto e AVC (derrame cerebral).

Você sabia? 

Mito 1: beber cerveja aumenta os níveis de colesterol

Partindo agora efetivamente para a parte em que falamos dos mitos e verdades desta relação, uma das crenças mais comuns é que o consumo de cerveja leva invariavelmente a um aumento nos níveis de colesterol. 

Isso, porém, é um mito. 

A cerveja em si não contém colesterol; ela é uma bebida alcoólica feita a partir da fermentação de grãos, como cevada, trigo, lúpulo e água. 

No entanto, a maneira como o corpo processa o álcool pode, sim, influenciar os níveis de colesterol de forma indireta.

Estudos sugerem que o consumo moderado de álcool, incluindo cerveja, pode aumentar os níveis de HDL. 

O HDL ajuda a remover o colesterol LDL das artérias, transportando-o de volta ao fígado, onde é metabolizado e eliminado do corpo. 

Este efeito protetor, apesar disso, é observado apenas em consumo moderado, que é definido como até uma dose de bebida alcoólica por dia para mulheres e até duas para homens.

Logo, o consumo excessivo não se inclui aqui! 

Além disso, o consumo de cerveja pode levar ao aumento de triglicerídeos e existe uma relação inversa entre HDL e triglicerídeos, ou seja: quanto maior o nível de triglicerídeos, menor o HDL.

Mito 2: toda cerveja tem o mesmo efeito no colesterol

Outro mito comum é que todos os tipos de cerveja têm o mesmo impacto no colesterol. 

Na realidade, o tipo de cerveja consumida pode influenciar de maneiras diferentes. 

Cervejas artesanais, por exemplo, podem conter ingredientes adicionais que têm diferentes efeitos na saúde cardiovascular. 

Algumas cervejas escuras são ricas em antioxidantes, que podem ter um efeito positivo na saúde do coração, enquanto outras podem ter adição de açúcares ou ingredientes que poderiam impactar negativamente.

Desta maneira, os diferentes tipos de cerveja variam em conteúdo calórico, teor alcoólico e perfil de ingredientes. 

Portanto, vale sempre ficar de olho no rótulo e na composição de cada uma!

Mito 3: beber cerveja todos os dias faz bem para o colesterol

Embora o consumo moderado de álcool possa aumentar os níveis de HDL, isso não significa que beber cerveja todos os dias seja uma boa prática para todos. 

Este é um mito perigoso, pois o consumo diário de álcool, mesmo em quantidades moderadas, pode levar a outros problemas de saúde, como dependência, danos ao fígado e aumento do risco de alguns tipos de câncer. 

Além disso, indivíduos com certas condições médicas, como hipertensão ou histórico de abuso de substâncias, devem evitar o consumo de álcool completamente.

O impacto do consumo de cerveja no colesterol também depende de fatores individuais, como genética, idade, estilo de vida, dieta e presença de outras condições médicas. 

Como sempre, é fundamental que cada pessoa converse com seu médico sobre seu consumo de álcool e o impacto potencial em sua saúde.

Mito 4: cerveja light não afeta o colesterol

A crença de que a cerveja “light” ou com baixo teor alcoólico não afeta o colesterol é outro mito a ser desmascarado. 

Embora essas cervejas geralmente contenham menos calorias e menos álcool, ainda há um impacto potencial na saúde, especialmente se consumidas em grandes quantidades. 

Fora isso, muitos desses produtos ainda contêm carboidratos e açúcares, que podem influenciar os níveis de colesterol e triglicerídeos no sangue.

O fato de uma cerveja ser “light” não significa que ela pode ser consumida em excesso sem consequências.

A moderação continua sendo a chave, viu? 

Mito 5: cerveja é boa para o coração e pode substituir os exercícios

Esse mito é bastante difundido, especialmente em campanhas de marketing que destacam o potencial benefício cardiovascular do consumo moderado de álcool. 

Mas o consumo de cerveja não deve ser considerado uma substituição para uma dieta saudável e exercícios regulares. 

Os benefícios observados do consumo moderado de álcool, como o aumento do HDL, são pequenos em comparação com os benefícios obtidos por meio de uma alimentação balanceada e atividade física regular.

Assim, uma dieta rica em fibras, frutas, vegetais, gorduras saudáveis e a prática regular de exercícios físicos têm um impacto muito mais significativo e sustentado na redução do colesterol ruim e na promoção da saúde cardiovascular.

Mito 6: quem tem colesterol alto deve evitar cerveja por completo

É um equívoco pensar que quem tem colesterol alto deve evitar completamente a cerveja. 

Embora seja verdade que algumas pessoas, especialmente aquelas com doenças hepáticas ou tendência ao abuso de álcool, devam evitar o consumo, não há uma regra rígida que proíba todas as pessoas com colesterol alto de consumir cerveja moderadamente.

Cada pessoa é única, e o efeito do álcool pode variar amplamente. 

Para alguns pacientes, o consumo ocasional de uma cerveja pode não causar danos, especialmente se eles estão seguindo outras práticas saudáveis para controlar o colesterol. 

É essencial consultar um médico para uma avaliação personalizada, combinado? 

Em resumo, equilíbrio é necessário

Como vimos por meio desses mitos e verdades, o consumo de cerveja e seu impacto no colesterol não são uma questão de “tudo ou nada”. 

Enquanto o consumo moderado pode trazer alguns benefícios, o consumo excessivo pode causar danos significativos à saúde.

É primordial entender que os efeitos da cerveja no colesterol dependem de uma combinação de fatores, incluindo a quantidade consumida, o tipo de cerveja, e as características individuais de saúde de cada pessoa. 

Portanto, se você gosta de uma cerveja ocasional, faça isso com responsabilidade e, sempre que possível, busque orientação médica para garantir que esteja fazendo escolhas que promovam sua saúde a longo prazo.

Para finalizar 

Agora que você já sabe tudo sobre a relação cerveja x colesterol, compartilhe essa informação com quem também precisa saber. 

Você pode copiar e enviar o link para a pessoa ou clicar em qualquer um dos botões abaixo, de compartilhamento nas redes sociais Facebook, X (antigo Twitter) e Linkedin. 

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