Ansiedade pode atrapalhar o tratamento da obesidade
Você sabia que transtornos mentais podem contribuir para o aparecimento ou a piora de determinadas patologias e acabar atrapalhando os seus respectivos tratamentos?
Por aqui já te contei que, por exemplo, ter obesidade aumenta em 55% a chance de ter depressão.
Por outro lado, ter depressão aumenta em quase 60% a chance de ter obesidade.
O mesmo acontece, também, com o estresse.
O Brasil está na quarta posição como um dos países mais estressados do mundo, com 42% da população relatando ser estressada, segundo o relatório “World Mental Health Day”, do instituto francês IPSOS.
Além de afetar a saúde mental, a condição pode elevar a pressão arterial e os níveis de glicose no sangue, o que facilita o desenvolvimento de doenças como a hipertensão e o diabetes.
E a ansiedade?
De igual maneira, ela também pode afetar o tratamento de diversas questões, incluindo a obesidade.
Vamos saber mais?
Ansiedade e obesidade: entendendo ambos os conceitos
A ansiedade é uma reação que o nosso corpo tem ao sentir preocupações relacionadas, principalmente, ao futuro.
Apesar de muitos não a verem dessa forma, ter ansiedade pode ser positivo, pois, além de natural, é ela quem nos protege de determinadas situações e desafios cotidianos da vida.
Por exemplo, uma pessoa ansiosa para uma prova, se prepara mais para ela, estudando.
O grande problema é quando essa ansiedade se torna patológica e exacerbada, a ponto de poder prejudicar e paralisar o paciente.
Neste caso, são necessárias intervenções, que não necessariamente passam pelo uso de medicamentos, mas, sim, pelo desenvolvimento de hábitos mais saudáveis – de tratamento psicoterapêutico à prática de exercícios físicos, meditação, entre outros.
Já a obesidade é caracterizada pelo excesso de gordura corporal no corpo.
Este excesso, que pode ser medido e calculado pelo Índice de Massa Corporal (IMC), pode causar outros tipos de doenças, como as cardiovasculares.
Para o tratamento da obesidade, mudanças do estilo de vida, com dieta e atividade física são fundamentais.
Medicamentos, como na ansiedade, devem ser avaliados caso a caso, bem como intervenções como a cirurgia bariátrica.
Conheça mais sobre as três diferentes fases do tratamento da obesidade.
De que forma ansiedade e obesidade se relacionam?
Ambas as patologias podem se relacionar de formas diversas.
Pense que uma pessoa ansiosa, por exemplo, pode usar a alimentação como uma espécie de válvula de escape, descontando seus medos, preocupações e demais questões que estejam despertando a ansiedade, na comida.
Do contrário, pessoas com obesidade constantemente sofrem com ansiedade, por motivos variados.
Medo do tratamento dar errado, medo do que vão dizer do corpo da pessoa, preocupação quanto à aprovação de familiares, amigos e parceiros sobre o corpo ou tratamento, entre muitos outros motivos costumam fazer parte da rotina de uma pessoa com a condição.
O estigma e o preconceito em torno da questão são catalisadores de uma vida com baixa autoestima e baixos níveis de autoconfiança.
É uma questão muito sensível e delicada.
Como tratar ambas as condições e ter uma melhor qualidade de vida
Por incrível que pareça, o tratamento de ambas as condições é similar, ainda que uma questão seja mais física e a outra mental.
Primeiro de tudo, ter um acompanhamento de um profissional é mais do que fundamental.
No caso da obesidade, o recomendado é ter uma equipe multidisciplinar envolvida, com nutricionistas, cardiologistas e endocrinologistas, por exemplo, como eu.
Para a ansiedade, a depender do nível, psicólogos e psiquiatras são os mais indicados, este último, em especial, quando o tratamento precisar ser medicamentoso.
Em segundo lugar, a prática de exercícios físicos também se mostra como essencial para casos como estes – assim como em qualquer outro.
Além de contribuir para a redução do peso, a atividade física libera endorfina, um hormônio liberado pelo hipotálamo e que funciona como analgésico natural do corpo, aliviando dores musculares, contribuindo para a sensação de felicidade e bem-estar, reduzindo o estresse, entre outros.
Em terceiro lugar, um plano alimentar balanceado e que ajude o paciente na perda de peso e na redução da compulsão alimentar.
Você sabia que uma dieta rica em nutrientes, por exemplo, também contribui para melhorar o humor e reduzir os sintomas de ansiedade?
Por fim, o gerenciamento de estresse, outro ponto importantíssimo para ambas as patologias.
Técnicas como meditação, mindfulness e exercícios respiratórios ajudam a reduzir o estresse, promovendo mais equilíbrio emocional e ajudando a controlar o peso.
E medicação somente em casos em que houver indicação e sob recomendação médica, combinado?
Leia também: Antidepressivos podem afetar o peso?
Para finalizar
Agora que você já sabe tudo sobre a relação entre obesidade e ansiedade, compartilhe essa informação com quem também precisa saber.
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