Afinal, hirsutismo tem cura? - Drª Flávia Tessarolo

Afinal, hirsutismo tem cura?


Talvez à primeira vista o nome “hirsutismo” pode assustar, mas, apesar desse nome “diferente”, o seu nome científico, ele pode ser mais comum do que você imagina. 

Se você não possui a condição, com certeza conhece alguém que possui.

Mas, afinal, o que é esse tal hirsutismo? E o principal, que me levou a construir esse post para vocês: ele tem cura?

É o que veremos no conteúdo de hoje! Continue lendo para saber mais!

O que é hirsutismo

O hirsutismo é uma condição em que as mulheres apresentam o crescimento excessivo de pelos em áreas do corpo onde apenas os homens normalmente têm mais pelos, como no rosto, no peito e ao redor dele, no tórax, parte interna da coxa, na barriga/abdome e nas costas. 

Além de poder vir acompanhado de queda de cabelo, irregularidades menstruais e acne, é uma condição relativamente comum, afetando cerca de 5-10% das mulheres em idade reprodutiva.

Quais são as causas do hirsutismo? 

O hirsutismo é causado pelo aumento dos níveis de hormônios masculinos no corpo feminino, como a testosterona. A esse aumento damos o nome de hiperandrogenismo.

Esses hormônios são produzidos pelas glândulas suprarrenais e pelos ovários e esse excesso pode ser causado por diversas condições, tais como:

Síndrome do ovário policístico (SOP): é uma condição comum em que os ovários produzem níveis elevados de androgênios (os hormônios masculinos), além de muitos cistos pequenos nos ovários e irregularidade mensal.

Tumores ovarianos ou suprarrenais: em alguns casos, tumores nas glândulas suprarrenais ou nos ovários podem causar o hirsutismo;

Uso de medicamentos: alguns medicamentos, como corticosteróides, anabolizantes, e alguns contraceptivos orais que contêm progestágenos com ação androgênica podem aumentar os níveis de androgênios no corpo feminino;

Sensibilidade: a sensibilidade aumentada do folículo piloso ao hormônio masculino, onde não se detecta produção hormonal aumentada, também pode ser uma causa do hirsutismo.

Outras condições médicas: algumas condições médicas raras, como hiperplasia adrenal congênita, Síndrome de Cushing e tumores secretores de androgênios, podem causar o hirsutismo.

Hereditariedade também influencia 

“Dra. Flavia, minha mãe tem hirsutismo. Posso vir a desenvolver também?”

Sim! O hirsutismo também pode ser hereditário e ocorrer em famílias, sendo passado de geração em geração

Mas calma: algumas mulheres podem ter pelos mais escuros e grossos devido à sua herança genética, mas isso não é considerado hirsutismo a menos que haja um crescimento excessivo de pelos em áreas atípicas, ok? 

Embora o hirsutismo não seja uma condição grave, em casos mais raros, pode ser o sinal de uma doença mais grave, além de poder afetar a autoestima e a qualidade de vida das mulheres afetadas.

Por isso, é importante buscar orientação de um médico endocrinologista para avaliar as causas do hirsutismo e determinar as opções de tratamento disponíveis.

Afinal, existe cura para o hirsutismo? 

Sim, existe cura para o hirsutismo, mas o seu tratamento depende da causa subjacente e dos sintomas associados

Algumas opções de tratamento incluem tomar alguns medicamentos específicos, como contraceptivos orais e antiandrogênicos, que podem ajudar a reduzir o crescimento excessivo de pelos em mulheres com hirsutismo causado por níveis elevados de androgênios.

Além disso, por incrível que pareça, a depilação pode ser uma opção para mulheres que desejam remover os pelos indesejados também. 

Métodos de depilação incluem depilação a laser, eletrólise e depilação com cera. Pode não resolver o problema para sempre, mas, ao menos é um paliativo, assim como o cremes para remoção de pelos podem ser usados para dissolver os pelos indesejados.

Por fim, mas não menos importante, mudanças no estilo de vida, como perda de peso, dieta saudável e exercícios regulares, podem ajudar a reduzir os níveis de androgênios em mulheres com hirsutismo.

Em casos raros, a cirurgia também pode ser uma opção para remover os ovários ou as glândulas adrenais que estão produzindo hormônios em excesso.

Papel do endocrinologista é fundamental 

Fazer um tratamento com um endocrinologista é ideal para o hirsutismo por diversas razões. 

Em primeiro lugar, o endocrinologista é o especialista médico que se dedica ao estudo e tratamento das doenças hormonais, como o hirsutismo.

Isso significa que o endocrinologista tem um conhecimento mais aprofundado das causas e dos mecanismos que levam ao hirsutismo, podendo identificar com mais precisão as causas subjacentes de cada caso.

Além disso, o endocrinologista tem experiência em prescrever tratamentos hormonais, que são frequentemente necessários para tratar o hirsutismo. 

Esses tratamentos podem incluir o uso de pílulas anticoncepcionais, que ajudam a regular os níveis hormonais femininos, ou o uso de medicamentos antiandrogênicos, que bloqueiam a ação dos hormônios masculinos no organismo feminino.

Por fim, o endocrinologista pode orientar a paciente quanto às medidas de prevenção e de controle do hirsutismo, que incluem mudanças na dieta e no estilo de vida, e pode acompanhá-la a longo prazo para garantir que o tratamento esteja sendo eficaz e seguro.

Resumindo

O hirsutismo é uma condição em que as mulheres apresentam o crescimento excessivo de pelos em áreas do corpo onde normalmente apenas os homens têm mais pelos.

Embora o hirsutismo não seja uma condição grave, em casos mais raros, pode ser o sinal de uma doença mais grave, que precisa ser diagnosticada e adequadamente tratada.

O endocrinologista é o especialista médico que se dedica ao estudo e tratamento das doenças relacionadas aos hormônios, e é fundamental no tratamento do hirsutismo.

Existem opções de tratamento para o hirsutismo, como o uso de medicamentos específicos, depilação, mudanças no estilo de vida e, em casos raros, a cirurgia para remover os ovários ou as glândulas adrenais que estão produzindo hormônios em excesso.

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Muito obrigada pela leitura até aqui e até o próximo post!