Medicamentos antidiabéticos e COVID-19: o que fazer?
Em tempos de COVID-19 todo o cuidado é pouco para evitar uma possível contaminação pela doença. No caso dos diabéticos, esses cuidados precisam ser redobrados, pois eles fazem parte do grupo de risco para infecções graves pelo vírus. Para se ter uma ideia, para cada aumento de 18mg/dl de glicemia ocorre um aumento de 8% do risco de morte por COVID-19 nesses pacientes.
Isso significa que cerca de 463 milhões de pessoas entre 20 e 79 anos no mundo fazem parte desse grupo de risco e estão nessa situação alarmante. Esses números foram divulgados em novembro de 2019 e fazem parte da nona e última edição do Atlas de Diabetes, documento produzido a cada dois anos pela Federação Internacional de Diabetes (IDF, em inglês) que mapeia a dimensão do Diabetes em 138 países.
De acordo com as informações do último Atlas, o Brasil, por exemplo, obteve um crescimento de 31% na população com Diabetes. Um número muito alto se comparado com o restante do mundo, que teve um crescimento na faixa dos 9%.
Medicações antidiabéticas
Diante de um número tão expressivo de diabéticos no mundo, e principalmente no Brasil, as dúvidas e questionamentos sobre como controlar a doença durante a pandemia são inúmeros. No entanto, uma dúvida muito comum é sobre o que fazer com as medicações antidiabéticas. É preciso suspender alguma delas?
A resposta correta é: Não, diabéticos não devem suspender nenhuma medicação.
A melhor forma de prevenir as formas mais graves da COVID-19 é o bom controle da glicose por parte desses pacientes. Mas caso ocorra a infecção pelo vírus, o Endocrinologista deve ser avisado imediatamente, pois nesses casos algumas modificações do esquema de tratamento podem ser necessárias.
E o mais importante: não se esqueçam dos exames de rotina. As doenças crônicas continuam e não devemos descuidar dos cuidados necessários.