Depressão e alterações hormonais: entenda!
Já te contei por aqui e também aqui que a depressão pode caminhar lado a lado com a obesidade e com o diabetes, você se lembra?
Outros distúrbios endocrinológicos também estão associados à depressão.
E por que será que isso acontece?
A explicação é hormonal.
Várias alterações em certos hormônios presentes no nosso organismo podem desencadear e/ou piorar quadros depressivos, de irritabilidade e de instabilidade emocional.
Pensando nisso, separei os cinco hormônios cuja deficiência ou excesso na produção podem levar a problemas depressivos.
Vamos entender mais sobre?
Continue a leitura!
5 hormônios que podem causar depressão (em excesso ou em falta)
1) Hormônios da tireoide
A deficiência dos hormônios da tireoide, que chamamos de hipotireoidismo, ou o excesso deles, que chamamos de hipertireoidismo, podem causar alterações importantes no humor, na energia e na disposição mental.
No hipotireoidismo, por exemplo, é comum sentir cansaço excessivo, letargia e sonolência, o que pode deixar o paciente mais desanimado e isso acabar evoluindo para sintomas depressivos.
Com o ganho de peso que também pode ocorrer, muitos pacientes acabam sem motivação e com a autoestima baixa.
Já no hipertireoidismo, apesar do metabolismo acelerar, é frequente haver queda de cabelo, unhas fracas, palpitação, tremores, perda de peso, dentre outros.
A condição também pode causar ansiedade e irritabilidade, o que também pode levar a quadros depressivos em algumas pessoas.
Por isso, a qualquer sinal de depressão, vale investigar como anda a saúde da tireoide, combinado?
2) Estrogênio
O estrogênio é o principal hormônio feminino e sua deficiência ocorre, principalmente, na menopausa.
Seus níveis reduzem progressivamente nos anos que antecedem a menopausa, período esse que chamamos de climatério. Já nesta fase, podemos encontrar sintomas de deficiência de hormônios.
“E o que pode acontecer, Dra. Flavia? Qual a relação disso com a depressão?”, você pode estar se perguntando.
É simples: nestes dois períodos, muitas mulheres passam a relatar sensação de tristeza aguda, ansiedade e alterações cognitivas, como dificuldade de concentração e o chamado brain fog, que também já falamos aqui no blog.
Como no caso abaixo, da testosterona, a reposição do estrogênio, quando feita de forma ética e profissional, pode contribuir para a redução desses sintomas depressivos.
3) Testosterona
A testosterona é o principal hormônio masculino e a sua deficiência pode ocorrer em quadros de andropausa e no hipogonadismo, que é a deficiência de testosterona no homem não relacionada ao envelhecimento.
Com papel fundamental na disposição, libido e energia, quando a testosterona está em níveis baixos, é super comum de observar sintomas como irritabilidade, dificuldade de concentração, alterações de humor e até quadros de depressão, em especial quando esta atinge condições que mexem com a autoestima masculina, como a disfunção erétil.
A reposição hormonal, quando indicada e acompanhada por um profissional, é claro, pode ser uma alternativa para recuperar o equilíbrio e melhorar a qualidade de vida do paciente, principalmente os de idade mais avançada.
Se este é o seu caso, vale consultar um médico!
4) Prolactina
A prolactina é um hormônio produzido pela hipófise, cuja função principal é estimular a produção de leite.
No entanto, quando ocorre um prolactinoma, um tumor benigno da hipófise que secreta prolactina em excesso, surgem efeitos além da lactação, incluindo alterações no humor, ansiedade, irritabilidade e, em vários casos, depressão.
Neste caso, o tratamento com agonistas dopaminérgicos é recomendado, pois eles costumam reduzir os níveis de prolactina, aliviar os sintomas do tumor e melhorar o estado emocional de maneira geral.
5) Cortisol
O cortisol é conhecido popularmente como o “hormônio do estresse” e exerce uma grande influência sobre o sistema nervoso central.
Quando produzido em excesso por longos períodos, como em situações de estresse crônico ou na síndrome de Cushing, pode levar à exaustão mental, insônia, irritabilidade e depressão.
Por outro lado, níveis muito baixos de cortisol, como na insuficiência adrenal, também podem estar associados a sintomas depressivos, fadiga intensa e falta de motivação.
Por isso, manter níveis equilibrados de cortisol é fundamental para o bem-estar emocional!
Fique de olho!
O que fazer diante dos primeiros sinais da depressão?
Vale ressaltar que, diante dos primeiros sinais da depressão, é muito importante que o paciente procure a ajuda de um psiquiatra.
Ele deverá ser avaliado e, caso ocorra alguma suspeita de distúrbios hormonais, o médico endocrinologista deverá ser sempre consultado.
Como vimos, o tratamento dos distúrbios hormonais é fundamental para o adequado controle do quadro depressivo e o endocrinologista é o profissional capacitado para tratar tais distúrbios.
Para finalizar
Agora que você já sabe tudo sobre a depressão e suas alterações hormonais, mande esse conteúdo para quem também precisa saber.
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